O médico Davi Teixeira de Siqueira que atende no Hospital Municipal Dra Laura Maria Carvalho braga foi deslocado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsau) para o atendimento a população carcerária da Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste.
O médico é auxiliado por enfermeiras e profissionais auxiliares que revezam no atendimento aos 172 detentos aprisionados na cadeia pública do município.
No interior do presídio, funciona um consultório com alguns medicamentos, e duas técnicas em enfermagem prestam atendimento diariamente aos presos com problema de saúde.
Não é qualquer profissional que se dispõe a trabalhar para uma população carcerária, mas o médico Davi Siqueira não pensa assim: “Medicina é sacerdócio, não pode negar atendimento”, resume o profissional.
Segundo a enfermeira Mariana Lobo, na cadeia pública de Ouro Preto do Oeste, a maioria dos detentos enfermos apresenta problemas de pressão, gastrite e viroses. Havia um paciente com hanseníase e outro com tuberculose foram tratados e novos exames deram diagnostico negativo, informou Mariana.
No dia 2 de janeiro o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Justiça editaram a Portaria Interministerial nº 1, que Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das pessoas Privadas de liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa Portaria, substitui a Portaria de 9 de setembro de 2003, que aprovou o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, considerada ultrapassada e sem eficácia suficiente para atender a demanda hoje existente nos presídios.
Pela regra, os condenados teriam a disposição dois médicos para cada grupo de 1.000 pessoas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que é de um médico para cada 1.000 pessoas.
Ao aderir o plano de atenção a população carcerária, o município de Ouro Preto do Oeste ganha incentivo financeiro anual do governo federal.
Fonte: www.correiocentral.com.br
Fotos: Edmilson Rodrigues