Correio Central
Voltar Notícia publicada em 24/07/2014

Candidato a deputado no DF defende 'kit macho' e 'kit fêmea' para crianças

Na verdade é o seguinte, [é um material] no sentido de rivalizar com o kit gay. O kit gay foi um conjunto de propostas apresentado pela Secretaria de Direitos Humanos ligado ao Governo Federal para descontruir os papéis sociais ou papéis definidos de sexo masculino e feminino.

O candidato a deputado federal pelo PSDB do Distrito Federal Matheus Sathler defende a criação de um material para rivalizar com o kit gay e combater o que classifica de “homossexualização das crianças” em sua página no Facebook (reprodução da imagem ao lado).

 

A campanha do advogado nas redes sociais gerou uma discussão entre os que defendem e reprovam o kit – imagens abaixo.

Em entrevista por telefone ao Portal da Band, o político afirmou que de forma alguma é preconceituoso e destacou que o assunto deve sim ter um espaço para debate entre os políticos. Confira a entrevista.

Portal da Band – Você ganhou destaque nas redes sociais através da defesa de criação de um material contra o kit gay. Qual é o teor das ideias que você quer apresentar ao eleitor?
Sathler –
 Na verdade é o seguinte, [é um material] no sentido de rivalizar com o kit gay. O kit gay foi um conjunto de propostas apresentado pela Secretaria de Direitos Humanos ligado ao Governo Federal para descontruir os papéis sociais ou papéis definidos de sexo masculino e feminino. Para poder questionar a questão da sexualidade, nesse ponto eles acabaram incentivando o material por estar prevendo uma ruptura histórica com a criação do gênero. Eu trago, então, essa abordagem para reafirmar a educação histórica sexual de meninos e meninas que sempre houve em papéis sexuais na divisão de homem ou mulher, de macho e fêmea.

Portal da Band – Você acredita então que um material nesse sentido é necessário, uma vez que o kit gay, de fato, não chegou a ser distribuído pelo governo?
Sathler –
 Por parte do Governo Federal houve essa freada no avanço desse kit gay, mas em outros Estados [municípios], como na Prefeitura de São Paulo, já têm alguns materiais didáticos que estão nas escolas que ensinam a questão na aceitação da criação de crianças sem que elas tenham o papel definido de gênero, sem que que venha a afirmar a educação história de divisão de sexos.

Portal da Band – Será que os temas sexo e religião não estão ganhando um papel mais importante do que realmente têm no mundo da política?
Sathler –
 Na verdade é porque a gente volta e cair na origem da discussão. Todo ser humano é dotado de valores, escolhas e preferências, quando a gente respalda no campo jurídico existe até uma frase do ministro Marco Aurélio do STF que gerou polêmica. Ele disse que não se importa com a lei. Ele lê o caso e diz o que acha e depois busca o fundamento na lei. Então foi um ministro do Supremo, um referencial jurídico, que expôs mostrando que julga conforme os valores dele. Houve estudos recentes nos Estados Unidos reafirmando que é impossível determinar a questão do homossexualismo por gene. Já o movimento gay apresentou estudos fraudulentos de descobertas do gene gay, que foram refutados. Vejo problemas de moralidade ética e que são valores que deveriam ser colocados em discussão na população do jeito brasileiro que é necessário para um debate que engloba todos os cantos.

Portal da Band – O senhor não teme que suas ideias possam passar ao eleitor uma imagem de preconceito?
Sathler –
 Preconceito significa um conceito previamente estabelecido. Nesse caso não se trata de preconceito, mas de um conceito que eu analisei, estudei, e tenho um consentimento de ex-homossexuais. Mas quero deixar claro, sempre repudiando qualquer ato de violência. Sou contra violência física e verbal, nesse sentido de humilhação na pessoa. Quero deixar bem claro que sou contra acirrar de ânimos.

Fonte: noticias.band.uol.com.br

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