Correio Central
Voltar Notícia publicada em 30/07/2014

Ouro Preto do Oeste registra 3 mortes e 23 casos positivos de leptospirose

Uma das vítimas de leptospirose foi um senhor de mais de 60 anos que morava no Bairro Liberdade e sofria de diabetes e tinha pressão alta. Outra vítima da doença morava no bairro Jardim Novo Estado. A primeira morte, em abril, foi do adolescente Bruno, que tinha 16 anos..

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsau), através da Coordenação de Epidemiologia confirmou mais duas mortes com diagnostico de leptospirose no município de Ouro Preto do Oeste. A saúde pública já identificou 23 casos da doença no município.


As pessoas acometidas da doença que faleceram residiam no bairro Liberdade e no bairro Jardim Novo Estado.


A sorologia foi confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (LACEN), de material colhido na autopsia para a emissão da certidão de óbito.


Uma das vítimas de leptospirose foi um senhor de mais de 60 anos que sofria de diabetes e tinha pressão alta.


De acordo com Roberto Gibin, enfermeiro coordenador da divisão de Epidemiologia da Rede Básica de Saúde, como não havia chegado à sorologia enviada para o LACEN, na certidão de óbito do paciente foi declarado como complicação cardíaca e diabete descompensada.


No dia 24 de abril foi registrado o primeiro óbito na cidade, do adolescente Bruno de Lima Araújo, de 16 anos. O garoto passou mal e chegou a ser cogitado dengue, mas a sorologia constatou que se tratava de leptospirose.

O departamento de Epidemiologia tinha registro de uma média de quatro a cinco casos por ano. Agora, estão aparecendo pacientes contaminados praticamente toda semana.


Sintomas

Os sintomas da leptospirose são semelhantes a doenças como a gripe, febre amarela, dengue, malária, hantavirose e hepatites. A pessoa começa a sofrer febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, e a dor na panturrilha (batata da perna) é a mais característica.  


No caso mais graves, igual ocorreu com o adolescente Bruno, ocorre o aparecimento de icterícia por insuficiência hepática, e as manifestações hemorrágicas – equimoses, sangramentos no nariz, gengivas e pulmões.


A doença se manifesta de 7 a 14 dias após o contato com a urina do rato contaminada.

   

Prevenção

A receita para combater a leptospirose é a mesma de combate a dengue: a limpeza. O rato odeia a limpeza.

 

A doença é transmitida pela urina do rato. Um quintal sujo com lixo é o prato predileto dos roedores, e a prática de jogar lixo nos quintais e nas ruas contribui para a proliferação dos roedores.

 

Pessoas que residem em áreas alagadas devem redobrar os cuidados. Se o roedor tiver acesso a alimentados mal protegidos o perigo aumenta.

 

Portanto, não jogue lixo nas ruas ou em terrenos baldios; guarde os alimentos bem protegidos, feche bem as sacolas de lixo e conserve jardins e quintais livres de entulhos e mato. 

 

Fonte: www.correiocentral.com.br/Edmilson Rodrigues

foto: Edmilson Rodrigues

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