Associação Vida Nova completa 15 anos de atividade em Ouro Preto do Oeste

Para ente queridos a morte é um momento difícil, e traz sempre uma história que é preciso ser respeitada.

Há 15 anos surgiu em Ouro Preto do Oeste a Associação Vida Nova, uma preocupação aventada pelo então pároco Carlos Naldi, da Igreja de Nossa Senhora Aparecida.

O padre Naldi tinha o propósito de amenizar a situação explorativa e desumana pelas quais passavam famílias das cidades da região, em razão das constantes disputas que funerárias protagonizavam, em muitos casos aumentando a dor de parentes.

Houve casos relatados em determinadas comunidades, que abusos cometidos em tempos remotos obrigaram famílias a abrir mão de móveis e até imóveis para pagar despesas fúnebres.

Em 1998 foi criada a Associação Vida Nova (AVN) com seu primeiro Estatuto Social, formada por uma Diretoria provisória de seis meses, composta de 12 membros, com ideais e objetivos homogêneos.

Por iniciativa da Paróquia comandada por padre Carlos foi eleito um colaborador em cada comunidade e voluntários para ampliar a adesão e o cadastramento de famílias na Associação Vida Nova.

Em 15 de fevereiro de 1999 foi inaugurada a Associação Vida Nova com 300 famílias devidamente inscritas. No quadro dois funcionários: uma secretária e um agente funerário. A frota era de apenas uma perua Chevrolet Caravan.

Membros da Diretoria da AVN relatam que o idealismo de Padre Carlos Naldi, hoje em São José do Rio Preto (SP) era tão estigmatizado que, mesmo enfrentando as inúmeras barreiras adversas em todos os sentidos, ele jamais desanimou. A AVN abriu as portas e buscou atender a todos com igualdade e dignidade.    

Hoje, a Associação Vida Nova representa algo próximo de 47.000 pessoas representando os 11.997 associados que pagam mensalidade de R$ 8,00, e além de ter os serviços póstumos, obtêm benefício de descontos em mais de 40 estabelecimentos comerciais, clínicas, hospitais, etc.

A AVN conta com 10 funcionários: o gerente, duas secretárias, duas zeladoras, quatro agentes funerários, e um músico que oferta cursos no projeto “Som do Coração”. A frota da Associação conta com 03 caminhonetes.

AVN constrói nova sede na via da BR-364

NO inicio a Associação Vida Nova enfrentou muitos problemas de preconceitos pela sociedade que não entendia o projeto de um grupo de pessoas da Igreja Católica.

Hoje, a diretoria da Associação Vida Nova de Ouro Preto do Oeste está construindo a sua nova sede, dentro do projeto desta fase de expansão da entidade que apesar de apresentar alguns problemas comuns, relacionados a atraso no pagamento da mensalidade e demanda de encargos, por exemplo, continua expandindo.

A nova sede terá 1.682.46 metros quadrados de construção

A dimensão que o projeto de criar uma associação para prestar serviços funerários atingiu hoje gera comentários positivos e de elogios, de lideres de vários segmentos da sociedade ouro-pretense. — O trabalho da Vida Nova é ótimo. Eu inclusive tenho incentivado os irmãos a se associarem, a gente sabe que é uma coisa séria, nunca houve nenhum problema e nós só temos que falar bem dessa organização, declarou o Pastor José Pocidônio, presidente da Assembleia de Deus Central no município.    

TANATOPLAXIA

Pioneirismo e compromisso social

A Associação Vida Nova hoje é uma organização não governamental que é referência única no Norte do Brasil, por reunir milhares de pessoas num propósito cujo princípio é dar dignidade ao cidadão nos momentos difíceis, com o devido respeito.

A AVN conta com milhares de associados de várias denominações religiosas, residentes em Ouro Preto do Oeste, Mirante da Serra, Nova União, Teixeirópolis e Vale do Paraíso.

Vale ressaltar que, a Associação é pioneira em Rondônia na realização da Tanatoplaxia, moderna técnica de conservação de corpos que necessita de capacitação.

Esta técnica, por questões técnicas tem de ser feita em locais apropriados que são os “tanatórios”, e só pode ser realizado pelo tanatopraxista, profissional capacitado e habilitado através de curso específico para desenvolver a função.   A AVN capacitou três técnicos para esta atividade.

O compromisso de valorizar cada centavo de contribuição dos associados é mantido como fundamental pela Diretoria que, alias, não é remunerada.

Fonte: www.correiocentral.com.br