Correio Central
Voltar Notícia publicada em 03/09/2015

Pedreiro em fúria aponta arma para PM, leva tiro na perna e depois pede perdão

Com um revólver sem bala no tambor o pedreiro ameaçou várias pessoas até cruzar com um PM que ia buscar o filho na creche, e teve de atirar quatro vezes para conter a fúria do agente embriagado.

A presepada que o pedreiro Marcelino Aparecido Feitosa (51 anos) protagonizou hoje pela manhã em Ouro Preto do Oeste acabou mal apenas para ele, que além de levar um tiro na perna de um disparo efetuado por um policial militar, foi parar na Casa de Detenção, sob a acusação de ter cometido três crimes: embriaguês ao volante, porte de arma (com numeração raspada) e por ameaçar três pessoas, incluindo o militar.  


Dirigindo um veiculo Chevrolet modelo Celta de cor prata (placa HXM-2430-OPO), completamente embriagado e aparentemente transtornado, Marcelino cruzou a rotatória da Avenida XV de Novembro sentido a Rua Seringueiros e com um revolver calibre 32, sem balas no tambor, ameaçava as pessoas, inclusive um motoqueiro que cruzou com ele.


Ao chegar à esquina com a Rua Paulo VI - na esquina do bar do Adriano e da Panificadora Hiper Pão - Marcelino efetuou uma manobra brusca e o carro deu um “cavalo de pau”, parando de frente para o Fiat Uno que era dirigido pelo cabo PM Teodoro, que se dirigia para uma creche para buscar um filho.


O pedreiro tirou o corpo para fora do veículo e apontou a arma para o PM dizendo que ia matá-lo. O PM então saiu do veículo com a arma em punho e efetuou quatro disparos contra o veículo, mas sem atingir o pedreiro. Ao se aproximar da porta do carona e perceber que a arma continuava na mão do pedreiro o PM disparou um tiro na perna dele e ordenou que o agente soltasse a arma, sendo prontamente atendido.


PRISÃO EM FLAGRANTE

O delegado Ícaro Alex Soares Bezerra tomou depoimentos do cabo PM Teodoro e do pedreiro Marcelino Aparecido Feitosa. Segundo Ícaro Alex, o policial militar adotou o procedimento padrão que qualquer policial tomaria, inclusive disparou contra o veículo quatro vezes sem, contudo, mirar diretamente contra o agente enfurecido. Somente depois, ao ver que o pedreiro ainda estava com a arma na mão o PM atirou contra a perna do agente.   


O PM disse em depoimento ao delegado ter pensado que o pedreiro estivesse com problemas de mecânica, e chegou a oferecer ajuda, antes de ver que o agente estava armado.


Após ouvir as declarações e lamentações do pedreiro o delegado Ícaro Alex o flagranteou pelos crimes de embriaguês ao volante, porte ilegal de arma e pelas ameaças. Como a arma do pedreiro não tinha balas no tambor e ele não disparou tiro algum, se livrou de responder por tentativa de homicídio.

 

Depois de passar por exame de corpo de delito, Marcelino foi conduzido para a Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste. Antes, ele gravou um vídeo para o site Correio Central pedindo perdão pelo erro que cometeu.


DIA DE FÚRIA

O pedreiro Marcelino Aparecido Feitosa disse para os policiais militares e para o delegado que estava com problemas familiares e admitiu que tinha bebido muito, perdido o juízo, e não se lembrava do que havia feito nos momentos anteriores.

 

A mulher e um filho do pedreiro declararam aos policiais que ele estava descontrolado em casa porque o carro havia apresentado um problema; ele teria inclusive ameaçado a esposa e filho antes de sair desorientado para a rua. A esposa do pedreiro disse que tentou desarmá-lo, mas recuou diante das ameaças.

 

CONFIRA VÍDEO COM O PEDREIRO LAMENTANDO O EPISÓDIO QUE PROTAGONIZOU:


 

 

 

Fonte: www.correiocentral.com.br

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