Boletim InfoGripe: Rondônia apresenta incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento
preocupa o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) nas crianças de até 2 anos, associados ao vírus sincicial respiratório (VSR); e cresce o número de hospitalizações por influenza. Os casos atingem principalmente a população de jovens, adultos e idosos. Vírus Respiratórios, Covid-19, rinovírus e Influenza.
Divulgado na quinta-feira (8/5), o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta para uma ascensão das hospitalizações por influenza em muitas regiões do país, chegando a níveis de moderados a altos de incidência em alguns estados das regiões Norte e Centro-Sul e também no Ceará.
Os casos atingem principalmente a população de jovens, adultos e idosos. A edição chama atenção também para o aumento elevado, em muitas regiões, de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) nas crianças de até 2 anos, associados ao vírus sincicial respiratório (VSR). A análise é referente à Semana Epidemiológica 18, período de 27 de abril a 3 de maio.
No agregado nacional, observa-se um sinal de aumento nas tendências de longo prazo (últimas 6 semanas). Tal cenário é reflexo da manutenção do aumento de SRAG por VSR em muitos estados do país e início de crescimento de SRAG por influenza A.
Referente aos óbitos de SRAG em 2025, já foram registrados 2.685 óbitos de SRAG, sendo 1.186 (44,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 1.240 (46,2%) negativos, e ao menos 67 (2,5%) aguardando resultado laboratorial.
- Dentre os óbitos positivos do ano corrente, observou-se 14,2% de Influenza A, 2,3% de Influenza B, 5% de vírus sincicial respiratório, 9,9% de Rinovírus, e 65,5% de SARS-CoV-2 (COVID-19).
Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os óbitos positivos foi de 46,4% de Influenza A, 2,4% de Influenza B, 14,7% de vírus sincicial respiratório, 12,8% de Rinovírus, e 20,4% de SARSCoV-2 (COVID-19).
O aumento da circulação do VSR tem provocado um crescimento expressivo na incidência de SRAG entre crianças pequenas. Observa-se também um aumento da mortalidade por Influenza A entre os idosos.
Na presente atualização, observa-se que 16 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Observa-se uma manutenção do aumento de SRAG, com níveis de incidência de moderado a muito alto, em muitos estados das regiões Centro-Sul, Norte e alguns estados do Nordeste, atribuído principalmente ao VSR. Contudo, já é possível observar um sinal de desaceleração desse crescimento no DF, GO e início de queda no ES.
O rinovírus também tem contribuído para o aumento de SRAG entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, embora já haja sinais de desaceleração desse crescimento. As hospitalizações por Influenza A, que atinge principalmente a população de jovens, adultos e idosos, tem crescido em muitos estados do país, atingindo níveis de incidência moderada a alta nos idosos apenas no AM, MS e PA.
Na presente atualização, observa-se que 18 das 27 capitais apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio De Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitoria (ES).
Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,8% de Influenza A, 0,9% de Influenza B, 57% de vírus sincicial respiratório, 20,3% de Rinovírus, e 3,1% de SARS-CoV-2 (COVID-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 46,4% de Influenza A, 2,4% de Influenza B, 14,7% de vírus sincicial respiratório, 12,8% de Rinovírus, e 20,4% de SARS-CoV-2 (COVID-19).
Situação nacional
A nível nacional, o cenário atual sugere que a situação de cada indicador se encontra nos seguintes níveis: - Casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente de presença de febre: - Sinal de aumento nas tendências de longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas). - Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 45.228 casos de SRAG, sendo 19.420 (42,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 18.640 (41,2%) negativos, e ao menos 4.262 (9,4%) aguardando resultado laboratorial.
Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.
- Dentre os casos positivos do ano corrente, observou-se 11,2% de Influenza A, 1,6% de Influenza B, 38,4% de vírus sincicial respiratório, 27,9% de Rinovírus, e 20,7% de SARS-CoV-2 (COVID-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,8% de Influenza A, 0,9% de Influenza B, 57% de vírus sincicial respiratório, 20,3% de Rinovírus, e 3,1% de SARS-CoV-2 (COVID-19). (Com informações Assessoria Fiocruz).