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Crescimento no número de médicos não reduz desigualdade no Norte do Brasil, aponta estudo da Faculdade de Medicina da USP

8 de maio de 2025
Crescimento no número de médicos não reduz desigualdade no Norte do Brasil, aponta estudo da Faculdade de Medicina da USP

Rondônia conta com 4.618 médicos, são 2,64 médicos por 1.000 habitantes, segundo a última edição da Demografia Médica no Brasil, lançada pela Faculdade de Medicina da USP. A pesquisa mostra ainda que, pela primeira vez na história da Medicina no Brasil, as mulheres se tornam maioria entre os médicos no País

São Paulo, 7 de maio de 2025 - A nova edição da Demografia Médica no Brasil, lançada pela Faculdade de Medicina da USP no dia 30 de abril, revela que, apesar do crescimento no número de médicos nos últimos anos, a Região Norte ainda enfrenta sérias desigualdades na distribuição de profissionais de saúde. Com 1,62 médico por mil habitantes, é a menor densidade médica entre todas as regiões do país — muito abaixo da média nacional de 2,61. Estados como Acre (1,27) e Amapá (1,37) têm os índices mais baixos, enquanto Amazonas e Pará concentram os maiores contingentes médicos, quase sempre nas capitais.

Gráfico mostra a quantidade de médicos em Rondônia para cada especialidade. Gráfico - USP

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Capitais como Belém e Manaus concentram a maior parte dos profissionais, deixando comunidades ribeirinhas, áreas rurais e indígenas desassistidas. Além disso, a presença de especialistas em áreas fundamentais como geriatria, psiquiatria e anestesiologia é extremamente limitada fora dos grandes centros.

“A escassez de médicos no interior e em regiões de difícil acesso é um problema persistente, o que evidencia a necessidade de políticas públicas que incentivem a fixação de profissionais em áreas remotas e de difícil acesso”, destaca o Dr. Mário Scheffer, coordenador da Demografia Médica e Professor da Faculdade de Medicina da USP.

A formação médica na região teve expansão mais tímida do que em outras partes do país. O Norte reúne apenas cerca de 5% dos cursos de Medicina em funcionamento no Brasil, com predomínio de instituições privadas. Muitas dessas escolas foram implantadas recentemente, em municípios com infraestrutura hospitalar limitada. O resultado é uma formação que nem sempre garante vínculo com o território e que pouco contribui para a fixação local dos egressos.

Em 10 anos, número de escolas médicas saltou de 252 para 448

O presente levantamento destaca a série histórica de 2004 a 2024, com ênfase na última década, considerando a Lei Mais Médicos1, de 2013, como im­portante marco legal indutor da expansão. Foram abertas, em média, 2.538 novas vagas de medicina por ano. A média de vagas disponibilizadas por escola aumentou em 20 anos, passando de 97 para 108, o que reflete também a ampliação de vagas em cursos já em funcionamento.

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A baixa oferta de programas de residência médica agrava o cenário: o Norte responde por apenas 3,6% dos médicos residentes no país, o que compromete a especialização e a continuidade da formação na própria região. Por isso, é comum que médicos formados no Norte migrem para o Sudeste ou Sul em busca de oportunidades de especialização, aumentando o êxodo regional.  

Além das limitações estruturais, os dados revelam que o perfil dos estudantes e egressos da Medicina no Norte reflete desigualdades no acesso ao ensino superior: há menor presença de estudantes oriundos da rede pública e menor diversidade racial nos cursos privados, o que reforça a necessidade de políticas afirmativas e de fortalecimento da educação pública e da carreira médica no SUS.

SOBRE O ESTUDO DEMOGRAFIA MÉDICA NO BRASIL

A pesquisa Demografia Médica no Brasil é conduzida há 15 anos pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A edição de 2025 foi lançada no dia 30 de abril e é a primeira realizada com o Ministério da Saúde. Os dados utilizados têm como base registros da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC) e das sociedades de especialidades vinculadas à AMB.  

A DMB 2025 reúne 10 estudos desenvolvidos por um grupo de 22 pesquisadores e colaboradores da FMUSP. O trabalho é fruto de uma colaboração técnica e científica entre a Universidade de São Paulo, o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Associação Médica Brasileira (AMB), o Ministério da Educação (MEC) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Assessoria de Imprensa - Faculdade de Medicina da USP

Fonte: https://www.correiocentral.com.br

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