Garota de 17 anos que matou homem com facada no peito em Ouro Preto (RO) é ouvida e liberada
A adolescente manteve a versão de que agiu em legítima defesa, e que só reagiu após quase ser esfaqueada pela vítima.
A adolescente de 17 anos responsável por um homicídio à faca na tarde de sexta-feira (01/11) em Ouro Preto do Oeste (RO), em um endereço na rua Goiás, no Jardim Novo Estado, foi encaminhada para a Delegacia de Polícia na UNISP, e após ser ouvida foi liberada para aguardar o processo em liberdade.
A adolescente golpeou no peito Alessandro de Jesus Nunes, 43 anos, em uma suposta invasão dele à residência onde a autora estava. Ele ainda foi socorrido pela equipe do SAMU ao Hospital Municipal Dra. Laura Maria Carvalho Braga, onde chegou sem vida. A vítima do homicídio residia na Avenida Gonçalves Dias, no Jardim Aeroporto II
A garota justificou na delegacia que agiu em legitima defesa, e ela tinha uma lesão no braço que alegou ter sofrido por causa de um golpe de faca desferido de surpresa por Alessandro.
Em depoimento, a autora disse que Alessandro puxou uma faca para atingi-la e ela encontrou outra faca e desferiu golpe certeiro nele. A Polícia Militar encontrou duas facas na cena do crime, que foram entregues a equipe da Polícia Técnico-Científica – POLITEC.
O jornal Correio Central apurou junto à Polícia Civil que o delegado plantonista não ratificou a apreensão da adolescente por flagrante, e a liberou por entender que não estava presente os requisitos do flagrante. A polícia confirmou que Alessandro tinha várias passagens pela Justiça e pelo sistema prisional de Ouro Preto do Oeste.
A Polícia Civil vai ouvir testemunhas que estavam na casa na hora que ocorreu o fato, e a investigação vai buscar por imagens de registro de câmeras de monitoramento, entre outras apurações que serão feitas no decorrer do inquérito para apurar as controvérsias. No ambiente onde houve o crime havia duas testemunhas que também irão prestar depoimento.
No final da investigação, caso a adolescente venha a ser punida, a justiça pode decretar a internação dela por até 3 anos.