Duplo homicídio em Machadinho: Celso, morto com pulverizador nas costas, era de Vale do Paraíso (RO) e Fernando trabalhou como mototaxista em Manaus
Uma dupla execução de dois homens trabalhando em um serviço rural é intrigante, e a Polícia Civil de Rondônia investiga o crime.
A Polícia Civil de Rondônia investiga um duplo homicídio no interior do estado registrado na região rural do município de Machadinho D’Oeste, na tarde desta segunda-feira (16/12). Dois trabalhadores que faziam serviço foram friamente executadas em uma via de terra de um lote no Ramal Boa Esperança 2 da comunidade Amigo do Campo, na linha Carreteira. O crime, uma dupla execução, é intrigante.
Policiais militares de Machadinho, com apoio da guarnição da PM do distrito 5º Bec e agentes da Polícia Civil, se deslocaram para a comunidade após um comunicado informando que havia dois corpos com marcas de bala pelo corpo. Equipe do SAMU seguiu junto com o comboio de viaturas policiais.
No local, os agentes policiais identificaram as vítimas Marcelo Paulo Gonçalves Dias, de 33 anos, e Celso Goulart Nogueira, de 49 anos. Fernando Paulo tinha uma perfuração no braço e foi executada por dois tiros no peito, e um disparo na lateral da região craniana, do lado esquerdo. O projetil atravessou a cabeça da vítima.
Celso Goulart foi morto por um disparo no peito e um tiro na cabeça, do mesmo lado que Fernando foi alvejado. Celso morreu enquanto trabalhava, com uma bomba de aplicar veneno nas costas. O corpo do colega de trabalho, estava quase ao lado do dele.
As forças policiais de Machadinho e a equipe do SAMU se deslocaram por mais de 30 km até o local onde ocorreu o duplo homicídio
A Polícia Técnico-Científica (Politec) recolheu no local um estojo deflagrado calibre .357, porém os policiais não souberam determinar se foi deflagrado por uma arma tipo revólver, ou uma carabina.
Celso Goulart residia na cidade de Vale do Paraíso, que fica no eixo da RO-470, a 36 km de Ouro Preto do Oeste; ele morava na cidade desde criança, e era membro da Igreja Adventista. A reportagem apurou com amigos e vizinhos, que ele havia ido para a região rural de Machadinho e estava trabalhando para Fernando.
Fernando Paulo tem como endereço a comunidade do Ramal Boa Esperança 2. A reportagem do Correio Central obteve a informação que ele trabalhou em Manaus, capital do Amazonas, no serviço individual de passageiros, o mototáxi, ao menos até meados de 2017.
Já os amigos de Celso Goulart, relataram que na última vinda a Vale do Paraíso ele comentou que estava trabalhando como diarista para Fernando Paulo no sítio da vila agrícola, aplicando veneno.
A imagem de Celso morto, com o pulverizador de veneno nas costas, causou dor e tristeza na família, nos amigos e em moradores da região de Ouro Preto do Oeste que o conheceram residindo em Vale do Paraíso
Um morador próximo de onde ocorreu o duplo homicídio, que pediu sigilo de sua identidade, bastante abalado, disse que a lida dos dois era Fernando Paulo realizar o transporte de água, enquanto Celso Goulart aplicava o veneno nas áreas determinadas da propriedade.
A polícia judiciaria rondoniense, através da Delegacia de Polícia Civil de Machadinho D’Oeste, que ainda não se manifestou a respeito do crime recente, tampouco deu declarações ao jornal, investiga o duplo assassinato que causou tristeza, e ao mesmo tempo medo na comunidade daquela região rural e de todo o município.
