A mulher, presa hoje cedo, arrancou o bebê da barriga da adolescente, enterrou o corpo dela e ainda tentou registrar a criança no cartório;

Nataly Helen Martins Pereira confessou ter assassinado a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, e arrancado o bebê da barriga da vítima. Emilly, que estava grávida de nove meses, foi encontrada morta por volta do meio-dia desta quinta-feira (13), enterrada em uma cova rasa no quintal de uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A informação é do jornal Folha do Estado, de Cuiabá.

Segundo o delegado Caio Fernando Álvares Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nataly admitiu informalmente o crime, mas ainda não detalhou se houve participação de outras pessoas.

Além de Nataly, outros três homens estão presos sob suspeita de envolvimento no crime. Um deles é companheiro da suspeita. A polícia investiga a possibilidade de tráfico de crianças como motivação do assassinato.

Tentativa de registrar o bebê e prisão dos suspeitos

Na manhã desta quinta-feira (13), Nataly e seu companheiro foram até o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, para tentar registrar a recém-nascida, alegando que o parto havia ocorrido em casa. No entanto, os médicos perceberam que a mulher não apresentava sinais físicos de uma gestação e acionaram a polícia, resultando na prisão do casal.

A criança segue internada no hospital sob os cuidados das autoridades.

O crime

Emilly desapareceu na quarta-feira (12) depois de sair de casa, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas para sua filha que estava prestes a nascer. A jovem teria sido atraída para uma emboscada por Nataly e outros dois homens.

As investigações apontam que a adolescente foi enforcada e, em seguida, teve o bebê retirado do ventre. A polícia não descarta a hipótese de que o crime tenha sido cometido com a intenção de vender ou traficar a criança.

Nataly deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. As investigações continuam para identificar a participação de outros envolvidos e a real motivação do crime.

Fonte: Folha do Estado