Parentes de Imigrantes da região de Ouro Preto (RO) que estão nos EUA sofrem golpe via WhatsApp; golpista usa dados vazados e pede dinheiro
De acordo com a Polícia Civil, ao menos um golpe de engenharia social é registrado por dia na Delegacia Civil em Ouro Preto do Oeste.
Criminosos estão se beneficiando de vazamento de dados e informações de redes sociais, e do momento tenso pelo qual imigrantes indocumentados estão passando nos Estados Unidos da América com a possibilidade de deportação em massa anunciada pelo novo governo, e aplicando golpes em familiares no Brasil.
O golpe do ‘falso parente’ dirigindo a parentes de imigrantes nos EUA chegou a Rondônia, os criminosos se apropriam do número de contato, e as vezes somente imagens obtidas nas redes sociais, usam o grau de parentesco correto e sempre tentam obter dinheiro iniciando com um oi “pai”, “mãe” ou “amigo”.
O jornal Correio Central obteve um golpe de engenharia social envolvendo a abordagem da mãe de um homem que se encontra nos Estados Unidos, em que o bandido usou um número com código de número internacional, se passando por um morador de Nova União para pedir dinheiro por transferência de Pix para a mãe dele.
Por meio de mensagens de WhatsApp, o criminoso usou a foto de uma criança e acionou a mãe da vítima. “Consegue fazer um favor pra mim agora? É rápido”, escreve o golpista, se passando pelo filho de uma senhora.
A Polícia Civil orienta as pessoas a tomar a principal precaução que é pedir uma chamada de vídeo para o suposto parente antes de tomar qualquer iniciativa.
Golpe do WhatsApp usa dados de rede sociais da vítima
Como é possível o golpista saber o grau de parentesco da vítima com aquela pessoa que ele está conversando? Isso está relacionado a duas coisas
Mas como é possível o golpista saber o grau de parentesco da vítima com aquela pessoa que ele está conversando? Isso está relacionado a duas coisas:
1. Vazamentos de dados: muitos de nós temos dados como e-mail, número de celular, RG e CPF em algum lugar da internet. Alguns sites sofrem brechas que acabam disponibilizando essas informações pessoais para a internet. E quem procura, acha.
2. Rede sociais: provavelmente a maioria de nós também tem fotos com parentes e amigos. Sua mãe ou seu pai já comentaram em uma foto sua, ou já deram parabéns pelo seu aniversário? O post está lá, na linha do tempo. O ditado se repete aqui.
Golpistas procuram e acham os dados e a foto e colocam essas informações em uso na hora de abordar a pessoa pelo WhatsApp. Não se trata de ter o celular clonado, como muita gente pensa. Na verdade, o golpe usa informações vazadas. Pessoais, mas que são na verdade “públicas”.
Não é um golpe de SIM Swap, quando o golpista consegue clonar seu chip de celular, obter acesso a suas conversas no WhatsApp e consegue até fazer um backup dos dados. É possível identificar, por meio das configurações do mensageiro, quando outro dispositivo estranho está usando o app.