Homem que matou enteado por ciúmes em Rondônia pega 60 anos de cadeia
O assassino, bêbado, enciumou que filho tinha caso com a própria mãe. Ministério Público obtém condenação de 60 anos de prisão para réu por homicídio de enteado, tentativa de feminicídio de companheira, e outras tentativas de homicídio.
Em um caso que chocou a sociedade de Pimenta Bueno, o Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve, no Tribunal do Júri, a condenação de um réu pelo homicídio de seu enteado, tentativa de feminicídio de sua companheira à época dos fatos, e tentativa de homicídio contra outras três pessoas. Henrique Elias Kister, 19 anos, foi assassinado pelo padrasto, de 54 anos.
Pelos crimes, praticados em contexto de violência doméstica, o homem foi sentenciado a 60 anos de reclusão, pena a ser cumprida em regime inicialmente fechado.
O julgamento foi realizado na última quarta-feira (2/4), naquela comarca, e teve a atuação das Promotoras de Justiça Luciana Maria Rocha Ponte Damasceno e Rafaela Afonso Barreto, que argumentaram as qualificadoras dos crimes: motivo torpe (ciúmes ); recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e emprego de arma de fogo de uso restrito.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu exercia uma conduta violenta em relação à esposa e aos filhos dela – um jovem de 19 anos e uma adolescente de 14 anos, enteados do denunciado.
Em 24 de março de 2024, a mulher era socorrida pelo filho mais velho, após ter passado mal, quando foi surpreendida pelo réu, que, em estado de embriaguez, ao adentrar a residência, movido por ciúmes, atirou contra o enteado, na nuca. A vítima veio a óbito no local.
Conforme o MP, a mulher entrou em luta corporal com o denunciado, tendo, em certo momento, conseguido se desvencilhar e corrido para a casa de vizinhos, juntamente com a filha menor, ainda sob perseguição do réu.
A vítima e a vizinha, dona da casa, contiveram a porta da residência, impedindo que o agressor invadisse o local, mas foram atingidas por tiros, os quais só cessaram com a chegada da Polícia Militar.
Acatando os argumentos do Ministério Público, o conselho de sentença condenou o homem pelos crimes de homicídio; tentativa de feminicídio (duas vezes) e tentativa de homicídio (duas vezes) a 60 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
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